17 dezembro 2017

Oi?



Tem capítulo novo em andamento agora que entrei de férias da faculdade.

Fiquem ligados!

Falando nisso, dêem uma passadinha na nova fanfic
》https://medeixateamarfanfic.blogspot.com.br/?m=1 《

08 outubro 2017

capítulo 10



...

   Eu dei a maior bronca em Mayla por ela ficar incomodando o jogador em todo lugar que o vê. Depois terminamos nosso jantar e fomos para a casa dos meus pais. O falatório era apenas sobre mais uma pessoa de minha família conhecer o Neymar.
  Como eu não tinha mais paciência para esse assunto fui para meu quarto e fiquei mexendo em meu Instagram como não fazia há tempos.

          -STELLA, NEYMAR TÁ ME SEGUINDO. -Entrou minha prima toda eufórica em meu quarto e pulou em minha cama. -ELE TÁ ME SEGUINDO.
         -Primeiro para de gritar, sua doida. Depois para de pular na minha cama.
          -Cê tem noção que ele tá me seguindo no Instagram?
         -Sim. Ele também me seguiu.
        -Cara! Eu vou encher de seguidores agora.
        -Para, Mayla. Uma pessoa famosa te seguiu, isso não quer dizer que passou a fama pra você não, sua maluca.
         -Ha ha ha! -Riu irônica e me jogou um travesseiro. -50 pessoas já começaram a me seguir depois dele.
         -Isso não quer dizer nada. -Meu celular apitou e fiquei bem surpresa ao ver que o jogador me mandou alguma mensagem no direct.
         -Licença! -Alguém bateu na porta e eu fiquei feliz ao ver Lara com uma mochila nas costas, o que significava que veio dormir comigo. -Tô atrapalhando?
          -Claro que não. Entra! -Mayla não ficou muito contente porque sente ciúmes de mim com a Lara, já que ela se sente um pouco de lado quando a Lara vem me fazer companhia.
         -Bom... Eu vou indo já que sua best friend chegou. -Disse minha prima ironicamente e foi saindo do quarto.
         -Ela não gosta de mim mesmo, né?
          -Relaxa! É birra de adolescente que não sabe dividir atenção. -Ela se deitou comigo e foi logo se enrolando. -Que bom que você veio, não aguento minha família falando do Neymar.
          -Ainda esse papo?
          -Sim. É que hoje a Mayla, a tia e eu fomos jantar fora e ele estava no restaurante também.
         -Sério? Que coincidência!
         -Pois é. Mas mudando de assunto: seus pais não acharam ruim a gente passar todo o dia juntas no clube e agora você vir dormir aqui?
         -Não. Eles estavam me prendendo muito mas depois do acidente e que completei meus 18, eles até me incentivam a sair mais.
          -Falando em 18... O Luan te comprou um presente antes do acidente.
         -Sério? -Seus olhinhos arregalaram. -Mas faltava tanto tempo.
          -Ele não queria perder a oportunidade de te dar algo especial.
          -E o que é?
         -Não vou dizer. Está em Barcelona, assim que voltar lá, eu trago para você.
          -Conta o que é então... -Neguei e ela ficou tristinha de repente. -Ele era um ótimo irmão.
          -Você também era, para ele. -A partir dali, nós passamos a noite recordando das coisas maravilhosas que meu marido já fez por nós duas.
   Não sei quando, mas pegamos no sono e acordei com o celular de Lara vibrando sobre a cama, porém ela nem deu sinal de quem iria acordar. Então coloquei seu celular na comôda ao lado e aproveitei para olhar o meu.
   Como o sono tinha ido embora, resolvi responder algumas mensagens do whatsaap e do Instagram. Dentre elas a do jogador.

Sua prima me contou sobre o Luan.
Só queria te dizer que sinto muito.
21:04

   Minha prima não tem noção das coisas mesmo, pensei comigo mesma. Era tarde (madrugada) e acreditava que ele não estivesse acordado para ler a minha resposta, então enviei. Porém ele visualizou instantes depois.

Fico agradecida e peço desculpas pelo incômodo que minha prima lhe causou no Club e no restaurante.
02:37 

Não foi incômodo nenhum.
02:39


   Eu ainda pensei em perguntar como ele estava, mas não seria bom prolongar aquela conversa.
   Continuei mexendo no celular e ele voltou a me mandar mensagem.

Eu sei que deve ser horrível falar desse assunto, mas o Luan morreu de quê? 
02:58 

Acidente de carro.
Estava com os amigos.
03:00

Mais alguém faleceu?
03:03

Não.
03:03

Fiquei muito surpreso quando sua prima me contou
03:05

Pois é, a vida trás dessas surpresas.
03:07

Se precisar de alguma coisa, saiba que estou a disposição.
03:11

Fico agradecida.
Bom... Agora eu preciso ir dormir.
Até mais.
03:12

Até mais, Boa madrugada,😙
03:14


 ....

18 julho 2017

Capítulo 9




Stella P.o.v.:


            Tantas coisas acontecem na vida da gente e algumas até nos recusamos a acreditar que realmente aconteceu. Esse é o meu caso, em relação a morte do Luan.
         Meu mundo parecia ter desabado quando recebi a notícia. Eu não conseguia acreditar que o homem com quem decidi compartilhar minha vida, estava morto. Parecia que eu tinha morrido com ele. De certa forma, foi o que aconteceu, porque um pedaço de mim era ele e sem esse pedaço, nunca mais serei a mesma.
          Durante esses 5 meses, era como se eu não estivesse viva. Comia a cada 3 dias, só por necessidade mesmo, não conversava com ninguém, mal tinha forças para levantar da cama. Eu, literalmente, não sabia o que fazer, ou até mesmo pensar de como seria minha vida depois disso.

    Quando finalmente voltei a conviver socialmente, minha família foi muito compreensiva e não voltou a falar do assunto. E eu estou grata, afinal, não havia, e ainda não há, preparação psicológica para lidar com todos os 'pêsames' que me dariam.

    Vocês devem estar curiosas sobre a causa da morte.
Vou lhes tirar essa dúvida e dizer que foi um acidente de carro!

         Em uma noite, Luan saiu com os amigos (Como vinha fazendo frequentemente) e eles foram beber; acabaram bebendo demais e tiveram a grande ideia de voltar dirigindo.  Acho que eles já tinham feito isso outras vezes e por estarem confiantes de que nada aconteceria, fizeram mais uma vez. Só que infelizmente as coisas tomaram um rumo diferente. Nossas vidas mudaram naquele instante e a minha, mais do que a de todos, virou de cabeça para baixo.

    Apenas o Luan morreu; seus amigos sobreviveram e eles sentem muita culpa pela tragedia. Nem cheguei a vê-los depois do enterro de meu ex marido, já que voltei para o Brasil, após isso.
     Minha mãe diz que eles ligam ás vezes, porém eu não estou confortável para falar sobre tudo o que aconteceu. Na verdade,  nem quero vê-los mais. Eles são culpados pela morte de meu marido. Por culpa deles eu sou viúva aos 21 anos de idade e nunca mais serei feliz na vida. Pode parecer drama (e talvez seja) mas é o que sinto nas condições em que vivo.

           Meus sogros, com quem sempre me dei bem, parecem segundos pais para mim, de tanto que estavam preocupados.
Além do sofrimento de perder o filho eles arranjaram tempo de vir aqui, me dar apoio emocional. Já a Lara (vulgo irmã do Luan) nem saia de perto de mim. Dormiu lá na casa dos meus pais, umas 100 vezes, para me fazer companhia durante as madrugadas agonizantes. E ainda há a vovó Maria (avó de Luan, que eu considerava minha avó também) ela foi tão gentil, vindo me visitar algumas vezes, e sempre me dando sábios conselhos sobre como lidar com o luto, já que ela também perdeu seu primeiro marido jovem (não tanto quanto eu, mas ela sabe como doí).

           Durante esse tempo de luto, minha família e a de meu ex marido se uniram rapidamente. Não que antes não houvesse essa aproximação, mas agora é como se fôssemos uma só família. Bem grande, por sinal.
     Meu irmão, Marcos, que mora em São Paulo com a mulher e a filha, veio passar um tempo conosco aqui em Goiânia. Minha tia Nicacia (que também é viuvá, aos 45 anos) veio da Bahia, com a Mayla, para completar a reunião de família. E mesmo eu estando mal, consegui me sentir acolhida por todos, afinal são a minha família ainda. Mesmo morando com o Luan, longe, óbvio que eu me sentia família deles aqui.

          Nesse meio tempo eu larguei o emprego lá de Barcelona, completei 22 anos porém não tive disposição para comemorar, é claro, e me mudei para o Brasil. Não fazia sentido continuar ali, sem o Luan e como eu estou fragilizada, preciso de apoio emocional de minha família. Por isso, resolvi voltar para cá. Mas não é algo definitivo, eu só quero um tempo de descanso antes de recomeçar minha vida sozinha.



          Hoje, em especial, nossas famílias (do Luan e minha) resolveram ir em um clube aqui de Goiânia. Como todos estão numa especie de "férias", de seus respectivos empregos, o que mais os sobram é tempo. E como estamos voltando ao nosso cotidiano, sem aquele pesar da perda de meu marido, escolheram um momento de lazer, para passar o tempo. Eu aceitei a proposta, já que precisava de um pouco de distração.
     Para minha surpresa, minha prima Mayla esbarrou em Neymar e seu irmão ou é amigo, não sei direito, e nós nos cumprimentamos. Fiquei admirada por ele lembrar de mim, afinal ele é tão famoso e conhece tantas pessoas, que mal deve se recordar dos nomes. Porquê se recordaria logo de mim? Não é no minimo estranho? Foi o que achei.

          -De onde você conhece o Neymar? -Perguntou assim que saímos de perto deles.
          -Lembra que o Luan era fanático pelo Barcelona? Acabamos nos esbarrando uma vez com os jogadores.
          -E aquela história de bar?
          -Saí com a Luana uma vez e o encontramos por lá.
          -Que chique, que vocês são. Andando com Neymar Júnior...
          -A gente não andava com ele. Foram só acasos. -Mayla não parou de falar um minuto se quer sobre o esbarrão no jogador. Nossa família, só acreditou porque confirmei e ela lhes mostrou a foto que tirou com o próprio. Mas nossa "social" se transformou em quase um fã-clube do garoto.

     Fomos embora por volta das 5 da tarde e a Mayla não me deixou quieta, pedindo para leva-la para jantar fora. Sua mãe disse que a levaria, mas fez questão de que eu as acompanhasse. No fundo, eu sabia que elas só queriam me tirar daquele meu quarto deprimente e esse foi o motivo de ter aceitado. Precisava mesmo, passar um pouco mais de tempo fora daquelas paredes sufocantes.
    Foi aí que notamos a presença do jogador e seus respectivos amigos, em uma mesa ao fundo. Minha prima queria os cumprimentar mas é claro que não a deixei incomoda-los, mas foi só eu dar as costas e ir ao banheiro que a danada o trouxe para nossa mesa.

         -Você não obedece mesmo, né Mayla? -Cheguei ali cortando o papo em que estavam. -Desculpa Neymar, se ela te incomodou mas é que essa danada é assim mesmo: inconveniente.
         -Não é incomodo algum... -Ele sorriu tenso e coçou a nuca. Já eu não sabia onde enfiar minha cara, de tanta vergonha que estava por minha prima o abordar 2 vezes em um só dia e ainda mais em um momento de descanso dele.
          -Não me chama de inconveniente! Não na frente dele.
         -Stella tem razão, Mayla. Você fica incomodando o rapaz em seus momentos de lazer. Isso não é legal. -Se pronunciou a tia Marina e minha prima se emburrou.
         -Não é incomodo, acreditem.
         -Bom, quer sentar conosco?
         -Obrigado, dona Marina. Mas eu já estava de saída.
         -Fica para outra ocasião então. -Falei educadamente e ele sorriu esperançoso.
         -Espero que sim. -Se despediu de cada uma, com um beijo no rosto e nos deixou sozinhas. Agora sim, era hora de matar minha priminha inconveniente.



___________________
Quanto tempo em gente..
Desculpa a demora. Mas eu gosto dessa fanfic e não vou abandona-la. Prometo!

01 fevereiro 2017

Capítulo 8




(...)



Mais de 5 meses depois

Início de Fevereiro de 2016

          Pois bem, meu aniversário está chegando e para melhorar, finalmente vou me mudar para o apartamento que comprei. Eu tava só esperando me resolver por completo, para mudar pro apê.
     Claro que minha mãe e a Rafa ficaram boladas com essa minha decisão, mas tive o total apoio de meu pai, então resolvi dar esse passo a mais na minha vida.

     Vocês devem estar se perguntando: "isso era necessário mesmo?" E a resposta é: "Não. Mas é o que eu quero."
Eu gosto de morar com minha família, só que tô sentindo falta de um pouco mais de privacidade. De me sentir mais responsável, também. E acho que esse é um bom jeito de fazer isso.

        Hoje, especificamente, vou ao Brasil, visitar os moleques do bonde e refrescar a cabeça. Faz tempo que não saio para curtir e relaxar um pouco. É só treino, jogos, treino e mais jogos, enfim...
 Os meninos disseram que vai ter um festival sertanejo lá em Goiânia e vamos passar esses dias por lá, mas só depois, é claro, de eu curtir um pouco meu filhão.

    Meus pais e a Rafa já estão por lá, eu só tive que esperar uma folguinha pra poder ir.
Ganhei só 1 semana, então tenho que aproveita-la ao máximo. Afinal, eu mereço. Nunca mais me envolvi em problemas, não saio em reportagens por motivos ruins e como disse: não me divirto faz um bom tempo. Resumindo: estou sendo um bom garoto.  (E nunca pensei que isso fosse tão trabalhoso)

     Peguei o jatinho e cheguei antes das 3 da tarde. O Big e a Rafa quem vieram me buscar. Cheguei em casa cansadaço por conta do fuso horário e do demorado tempo de viagem.
          -Dorme filho, eu te acordo na hora do jantar. -Disse minha mãe, percebendo Minha cara de sono.
         -Queria ver o gordo logo. -Faz mais de 1 mês que não vejo meu moleque.
         -A Carol disse que traz ele pra dormir aqui, depois do jantar.
         -Vou descansar então. -Beijei a testa dela e subi as escadas. -Aliás! Cadê o pai?
          -Disse que tinha umas coisas pra resolver no Instituto. -Respondeu a Rafaela que ficou com a minha mãe, na sala. -Falando nisso, vê se dá as caras por lá. -Nem dei corda pra provocação dela e subi o resto da escada, indo pro meu quarto.
   Tomei um banho bem demorado pra tirar o "enfado" e fui me deitar. Que delícia aquela cama. Parecia a coisa mais gostosa que eu podia ter naquele momento.

Dormi depois de uns minutinhos e só acordei porque minha mãe me avisou do jantar, se não, só levantaria daquela delícia, no outro dia.
    Jantamos a família toda reunida e 1 horinha depois a Carol chegou com o Davi.
          -Papai... -Correu ao meu encontro e me presenteou com o melhor abraço do mundo. -Nem acreditei quando a mama disse que você estava aqui.
          -Eu sei que passei muito tempo sem vir, mas estou aqui, não estou?
          -É papai. -Ele foi abraçar os avós e a tia babona, e voltou pro meu colo.
           -Senta aí Carol. -Rafaela disse e ela sentou perto de mim e do gordo.
           -Vai com a gente pra Goiânia? -Lhe perguntei, já que ela costuma sair com o bonde, uma vez ou outra.
          -Não. A Rafa nem vai, então não tenho o que fazer por la.
           -Deixa disso. Vocês não nasceram grudadas.
          -Se alguma das outras meninas fosse, eu até pensava... Mas só vai os rapazes, então eu não ficaria confortável.
          -Tem razão Carol. -Concordou minha mãe.
          -Bom, se mudar de ideia... Vamos depois de amanhã.
           -Obrigada, mas tenho certeza. -Ela conversou mais um pouco conosco e se despediu.
Depois de brincar mais algum tempinho com o Davi, subi e o coloquei pra dormir no meu quarto. Porém como eu dormir a tarde, estava sem sono e fiquei mexendo nas redes sociais. Assiti um pouco de TV e depois fui jogar um play.

          -Imaginei que não estivesse dormindo. -Disse a Rafa, entrando no meu quarto. -Você e essa sua mania de dormir só de cueca. -Reclamou por eu estar só de trages íntimos.
          -Tá encomodada, então sai do quarto.
          -Como você é gentil. -Ironizou e se sentou ao meu lado na cama. -Vai mesmo passar seu aniversário la em Goiânia?
          -Vou. Porquê?
         -Pensei que quisesse passar com a gente.
         -Para de drama. Eu passo todos os meus aniversários com vocês
         -Por isso mesmo: não devia quebrar a tradição.
          -Vocês podem ir lá, passar o dia comigo e voltam à noite.
          -Acho difícil. Você sabe como a mamãe é, com essas coisas de viagens durante a noite.
          -Hum... -Eu tentava dividir minha atenção entre escutar o que ela falava e jogar o game. Porém acabei me distraindo e perdi o jogo. -Droga! -Esbravejei baixinho para não acordar o Davi.
          -Pelo menos assim você para de jogar. -Riu de mim.
         -O que você ta fazendo aqui ainda?
          -Calma extressadinho! -Ficamos uns segundinhos em silêncio, mas a Rafaela é uma matraca ambulante e não consegue ficar quieta. -Por que você convidou a Carol pra ir com vocês e eu não?
          -Porque eu não quero você la.
          -Vão aprontar né?
         -Não. Quer dizer, um pouco...
         -E queria levar só a Carol porquê?
         -Ah Rafaela! Eu estava sendo educado apenas. -Fiz pouco caso, já que ela parecia procurar coisas onde não existem. -E você cuida em sair daqui. -Lhe empurrei os ombros e ela foi expulsa da cama.
          -Aí tem em.. -Foi até a porta. -Tchau. -Mandou beijo e saiu.
Ela parece que é doida, com essa insinuação de que ainda existe algo entre a Carol e eu. Estava tentando ser simpático, a convidando para a viagem. Nunca passou pela imaginação segundas intenções no meu convite. Rafaela é doida ou se faz. Um dos dois.

     Acordei no outro dia, um pouco tarde e só fiz curtir meu molecão. Passamos o dia todo, brincando e conversando. Nem consigo descrever o quão gostoso foi aquele dia. Mas nos despedimos ainda durante o começo da noite, ja que no outro dia eu viajaria bem cedinho.


~~~~~~~~

      Chegamos no hotel em que vamos ficar hospedados esses dias antes das 10 e os meninos já estão preparando tudo, para a nossa noite. Creio eu, que iremos a uma balada eletrônica ja que o festival sertanejo ainda não começou.

           -Vamos ao Club que tem aqui do lado? -Convidou o Gil e todos gostamos da ideia. -Deve ter pouca gente já que é Terça -Feira, ainda.
          -Vocês vão lá e me mandam uma mensagem se der pra eu ir.
          -Tá bom, estrelinha. -Eles sempre me zoam, mas não tenho culpa de não poder frequentar lugares lotados. Eu amo o futebol, e sonhei muito em ter todo esse reconhecimento que tenho hoje em dia. Só que tudo tem seu preço, né mesmo?

     Ele me mandou o sms avisando que o movimento estava tranquilo e eu desci até a entrada do hotel, para encontrar com o Jotinha (que foi quem veio me buscar).
     Gil falou que era do lado, mas foi exagero, porque nos afastamos um pouco do hotel. Mas chegando lá, valeu muito á pena. Já que eu tive uma surpresa:

          -Desculpa! -Disse a moça que esbarrou no ombro do Jotinha. -Foi sem querer! -Ela estava toda sem jeito e tinha derrubado um dos drinks que carregava.
         -Não se preocupa. -Disse o Jota. Ela me olhou e arregalou os olhinhos, tão pequenos, espantada ao me reconhecer. Pela sua fisionomia não devia ter mais de 16 anos.
         -Neymar?
         -Sou eu, sim. -Ela deu um gole no drink que lhe restou e me olhou novamente, tentando confirmar o que via.
          -Tira uma foto comigo?
         -Claro. -Puxou o celular do bolso e pediu para o Jota bater a foto.
         -Cara! Ninguém vai acreditar. -Sorri simpático.
         -Mayla! --Ouvimos alguém chamar e ela respondeu ao chamado.
          -Aqui Stella! -Sim! Era ela mesma, a futura dona de meus pensamentos. Ops! Não era para isso ter saído, agora.
          -Sua mãe tá maluca, te procurando. -Ela estava linda, como de costume, com um maiô florido e uma saia longa por cima. Ela esbanjava um sorriso um pouco fraco e parecia distraida. Só que ela nos notou ao lado da garota, obviamente. -Ah! Oie!
          -Parece mentira né? Encontrar Neymar Júnior aqui?
          -Nao fala besteira Mayla. -Lhe deu uma bronca e o Jota riu. -Oi meninos! -Estendeu a mão e eu apertei, depois fez o mesmo com o meu brother.
         -Tudo bem? -Ela assentiu. -Você lembra do meu irmão, Jota?
          -Claro. Ele estava naquele dia do bar, também né?
          -Sim.
          -Espera um pouquinho! Vocês se conhecem? -Questionou a menina.
          -É, Mayla. Agora vamos, que eles vieram pra se divertir e você tá aqui, atrapalhando.
          -Quê isso?! Imagina... Não estão atrapalhando em nada. -Jota disse educado.
          -Muito gentil da parte de vocês, mas a gente precisa ir. Que essa mocinha aqui, ta sendo procurada pela mãe. -A tal Mayla revirou os olhos e bufou.
          -Vocês são parentes? -Perguntei curioso.
          -Somos primas. Aliás! O que você tá fazendo com esse drink? -Pegou o mesmo das mãos da garota.
         -Eu peguei pra você.
         -E esse que caiu? -Questionou o Jota, sem entender que foi invensão da menina. O cutuquei e ele continuou sem entender.
          -Muito espertinha. -Stella a semicerrou. -Foi um prazer rever vocês meninos!
          -O prazer foi nosso! -Respondi a analisando discretamente.
         -Desculpa de novo. -Mayla falou se despedindo e elas se afastaram de nós.
          -Quer uma tigela? -Jota me chamou a atenção.
         -Hãn?
         -Sua baba dá pra encher uma dessas piscinas daqui.
         -Cala a boca e anda logo. -Lhe empurrei e ele nos levou até onde o bonde estava. Pedimos algumas bebidas e comidas, para começar a curtição. -Você disse que o movimento estava tranquilo Gil. Já me pararam pra pedir umas 50 fotos, desde que cheguei.
           -Deixa de resmungar. Que isso é pouco pra você. -Se Defendeu o Gil.
          -Mas é chato.
           -Não foi chato pra você, quando aquela garota que estava com a Stella te pediu uma foto. -O Jota tinha que abrir a boca grande dele.
           -Quem é Stella? -Perguntou o João Celso.
           -Ninguém. O Jota quem tá falando coisa com coisa.
            -Aquela mulher que o marido chegou bêbado naquele dia, no bar. -Eu queria ter alguma coisa pra tampar a boca do Jotinha, naquela hora.
            -Aah! Aquela dos olhos claros? -Questionou o João, de novo, e o Jota assentiu.
           -Aquela mulher é muito bonita.
            -O marido dela também acha, Guilherme. -Disse o Gil e eu me toquei: "Onde será que está o Luan?" Nunca mais tivemos contato.
            -Só fiz uma observação. -Se defendeu o Gui e nós rimos. -Mas e aí? Major tava paquerando ela, era?
            -Não. Mas quase baba na menina.
            -Cala a boca Jota! -Estava ficando irritado com aquilo.
            -Se ela fosse solteira, você corria de quatro por ela. -Me irritei com a brincadeira dele e me levantei da mesa. Fui no banheiro para passar uma água no rosto.
     Eu sei que não disfarço o interesse que tenho por ela, mas precisa ficar lembrando que ela é casada e eu estou cobiçando a mulher alheia?! Isso me faz sentir culpa e vergonha de mim mesmo, por não ter a capacidade de me controlar.
             -Aí cara! -O Jota entrou no banheiro. -Me desculpa pela brincadeira.
           -Não. Esquece.
            -Eu passei dos limites. Devia ter parado quando notei que você não tava gostando.
            -Relaxa irmão. Eu que fiquei estressado demais, sem motivo.
           -De Boa?
           -De Boa. -Fizemos um toque.
           -Agora me fala uma coisa... Você ficou bolado por causa da brincadeira mesmo ou tem outro motivo?
           -Como assim? Do quê que você ta falando?
           -Você nunca foi de ligar pras brincadeiras que a gente faz com as meninas que você fica afim. Até porque você sempre consegue ficar com elas. Só que o problema com essa, é que não tem a possibilidade de você conquita-la, ja que é casada. Então o que foi? Você tá com seu orgulho ferido?
           -Que foi Jotinha? Tá me tirando...? -Eu não sei onde ele queria chegar com aquilo, mas até que parecia fazer sentindo. -Eu tô de Boa, menino.
           -Hum. ..- Aquele "Hum..." me pareceu não satisfeito.
            -Vamos voltar, que os moleques devem ta estranhando nossa demora. -Me esquivei do assunto e saímos do banheiro.
    Almoçamos la no Club mesmo e curtimos a piscina tranquilamente. Poucas pessoas pediram foto, então foi tranquilo pra mim.
 Voltamos para o hotel e nos arrumamos para jantar no restaurante que havia ali perto. Eu admito que estava um pouco cansado já, mas não queria estragar nossa viagem ficando trancado em um quarto, em vez de acompanhar os amigos.

     Chegamos no tal restaurante e era um ambiente bem claro, com poucas mesas espalhadas pelo grande salão. Tudo muito caro, aparentemente, e apenas umas 4 mesas ocupadas por clientes.
Escolhemos o lugar mais reservado possível e nos sentamos. Fizemos a escolha do cardápio e engatamos em um assunto qualquer.

           -Vem cá! É minha impressão ou aquela é a tal Stella? -Assim que esse nome saiu da boca do Guilherme, meu instinto foi procura-la pelo salão.
          -É ela mesma. -Confirmei quando a vi sentando numa mesa distante da nossa; bem perto da entrada do restaurante. Acompanhada por a mesma menina de mais cedo, sua tal prima, e uma mulher aparentemente mais velha.
           -Realmente ela é muito bonita. -Gil comentou e eu notei sua elegância, mesmo de calça jeans despojada. -Faz o tipo NJ!
          -Vocês querem para de falar essas coisas... -Parei de olha-la -Ela é casada gente.
           -Mas admite: se ela fosse solteira, tu cairia matando.
           -Cala a boca Guilherme. -Trocamos de assunto e continuamos nosso jantar.
 Em um surto repentino olhei na direção da mesa onde ela estava e não a vi la. Na verdade, ela andava pelo salão indo até o toalhete.
Ao voltar meu olhar, notei que a sua prima me encarava. Fiquei sem jeito, obviamente, e sorri fraquinho. Ela, no entanto, soltou um riso mais esbanjado, será que ela notou meus olhares para sua prima?
           -Vamos Juininho? -Os meninos ja se levantavam de suas cadeiras. -Ta aí olhando pro nada e não presta atenção no que tá acontecendo.
          -Hoje vocês tiraram o dia para me atormentar mesmo em. -Resmunguei ao Gil e eles deixaram o dinheiro da conta. Fomos até a saída e eu acenei para a garota, que ainda me encarava.
         -Espera! -Ela exclamou, se levantando. -Espera um pouco! -Os meninos me olharam e eu concordei, em atende-la. -Acho que você lembra de mim né? Você se importa em falar com a minha mãe?
           -Claro que não. -Ela me puxou para mais perto da mesa.
           -Eu disse mãe, que conhecia ele. -Sua mãe estava espantada com minha aproximação. -Essa é minha mãe, Marina!
           -Prazer dona Marina. -Estendi minha mão e ela apertou, depois depositei um beijo no seu rosto.
          -O prazer é todo meu. -Ela nem sabia o que dizer mais.
          -A Stella conhece ele, muito mais que eu.
          -Como assim Mayla?
           -Eles já se conhecem la de Barcelona. Stella me contou que o Luan vendeu um apartamento para o Neymar.
            -Ah sim! -Eu só sabia sorrir, simpático, ouvindo a conversa delas, mas minha curiosidade bateu mais forte, naquele momento, e as palvras saíram:
            -Aliás! Onde está o Luan? Não o vejo faz muito tempo. -Suas feições se transformaram rapidamente. Será que aconteceu algo?
            -Bom... Já faz um bom tempo... Que... -A Mayla parecia tropeçar nas palavras. -O Luan morreu! -Meus olhos se arregalaram, instantaneamente. Eu estava perplexo com o que acabara de ouvir.





______________________________
1.000 perdões pela demora. 
Mas não vou desistir dessa história, isso eu prometo!
Então, por favor, não deixem de acompanhar.

20 janeiro 2017

Capítulo 7



(...)


          Ficou um clima muito chato entre o jogador  e eu. Mas isso não demorou muito, já que estava escurecendo e passavam das 6 horas da tarde, resolvemos então que era hora de cantar parabéns e partir o bolo.
    Davi achou cedo, mas não quis contrariar os pais e os obedeceu. Foi tudo muito rápido, eu ajudei a servir os convidados e aos poucos eles foram indo embora. Por volta das 8, já restavam poucas pessoas. Mas ainda assim, o aniversariante tinha energia para dar e vender.
     Ele brincava com mais 2 crianças no pula-pula, dentre elas, a menininha que Nadine acompanhava na barraca de cachorro quente. Layla, se não me falta a memória.
E a empolgação que eles tinham era admirável, pois pareciam robozinhos que não tinham tomada, muito menos botão para desligar.

           -Podemos começar? -Me questionou uma moça da limpeza, em espanhol é claro, e eu assenti. Fui para próximo das poucas pessoas que ali estavam e vi que eles encerravam algum assunto.
          -Foi precipitado, pedir para que começassem a limpeza? -Perguntei.
          -Não. Já está ficando tarde mesmo. -Respondeu dona Nadine.
          -Verdade. É melhor irmos, antes que essas crianças caiam de cansaço. -Disse uma mulher, que devia ser mãe de uma das crianças, consequentemente.
            -Aqueles dali se cansarem? -Zombou o jogador. -É ruim, em.
           -Por via das dúvidas... -A mulher voltou a falar e por fim, todos os convidados, foram embora. Restando apenas a família.
          -Nem sei como te agradecer. -Dizia a mãe do Davi, aparentemente cansada. -Foi tudo muito lindo.
          -Que bom que você gostou. -Nos despedimos com um abraço.
          -Mamãe ainda não comi nenhum daqueles salgados. -Davi apontou para a mesa com os tais salgados e fez bico.
          -Depois você come filho.
           -Papai? -Ele deve ser daquelas crianças que quando não conseguem uma coisa com a mãe, recorrem ao pai. -Pede pra mamãe me deixar comer aqueles salgados?
           -Sua mãe tá cansada, filho. Olha pra cara de múmia dela. -A Carol lhe deu um tapa no ombro. -Aí! -Reclamou e gargalhou.
          -Vamos gente? -Seu Neymar apareceu ali.
          -Vamos. Mas Stella, você não vai agora?
          -Não, Carol. Vou ficar mais um pouco.
          -Tem como voltar, minha filha? -Perguntou seu Neymar, simpático e preocupado.
          -Pego um táxi, ou ligo pro meu marido. Nao se preocupe.
          -Me ofereci para leva-la, só que ela recusou, pai.
          -Por que? -Questionou seu pai.
          -É cabeça dura. -O olhei espantada. Ele nem me conhece e fala isso ao meu respeito? Que menino tosco.
          -Aceite a carona filha. Não faz bem uma garota como voce, andando sozinha pela cidade.
          -Eu sei me cuidar. Não precisa se preocupar, é sério. -Tentei convencê -lo de que não precisava da carona de seu filho.
          -Sem essa história. Você vai aceitar e ponto. -Falou autoritário mas sem ser rude. Soou como uma ordem de meu pai. -O Júnior te espera e depois te leva até em casa.
          -Mas seu Neymar, eu sou casada...
          -Seu marido conhece o Júnior e acho que não vai fazer questão por ele lhe dar uma carona.
           -Não... -Ela nem me deixou falar mais alguma coisa.
           -Sem mais. E vamos logo Carol, que a Rafaela e Nadine nos esperam no carro. Vamos! Pegue o Davi.
           -O papai não vai agora?
           -Não meu amor. Ele vai esperar a moça, pra depois deixa-la em casa. -Respondeu o avô todo carinhoso. Nem parecia o homem que me dava ordens a segundos atrás.
           -Então eu posso ficar com ele?
          -Não Davi. Vamos embora, você precisa tomar um banho e descansar.
          -Deixa Carol. Ele pode ficar e me fazer companhia. -Pedi amavelmente à ela. Como pretexto para que não me deixassem apenas com o jogador.
          -Tá bom. Mas se compota em, Davi. -Lhe deu um beijo -Mamãe te ama. -Eles foram se afastando de nós, até que desapareceram de nosso campo de visão.
            -Que tal comermos aqueles salgados, Davi? -Ele ficou todo eufórico e deu alguns pulinhos, me acompanhando até a mesa. -Não sei você, mas eu prefiro as coxinhas.
           -Eu prefiro esses daqui. -Pegou um dos inúmeros salgados que tinha sobre a mesa e começou a saborear. -O papai gosta desses. Né papai? -Ele queria o incluir na situação. -Vem papai, come também. -Lhe estendeu o salgado que dizia ser o preferido dele.
           -Claro. -Seu pai estava tão constrangido quanto eu, com a situação. -Hum... Com certeza esses são os melhores.
          -Discordo. Você ainda não provou as coxinhas. -Lhe ofereci uma, e ele a comeu. -E aí?
          -Contínuo preferindo o outro. -Ele deve ter dito aquilo só para me contrariar mesmo.
          -Desisto. Vocês não sabem o que é bom. -Ele rio, possivelmente de mim. -Cuidado não se empanturrar demais, Davi. -Saí de perto da mesa e notei o jogador vindo atrás de mim.
          -Espera! Eu queria me desculpar.
          -Esquece. Já passou. -Continuei andando até um canto do salão, onde tinham muitas fitas e balões dispersos.
          -Não. Eu fui indelicado com você.
          -Só de estar admitindo isso, percebo que não há motivos para conversarmos mais sobre o assunto.
          -Isso quer dizer que você me perdoa? -Parei de andar e comecei a juntar aquela bagunça, para facilitar o trabalho das arrumadeiras.
         -Sim. -Senti sua presença, ainda atrás de mim. -Vai ficar aí parado?
          -Eu ainda não sei como me desculpar realmente. -Bufei sem paciência, com sua insistência.
          -Bom.. Pode começar me ajudando aqui. -Ele se apressou e começou a juntar aquelas tralhas, comigo. -Podia aproveitar e me ajudar com as mesas. -Qual é gente? É claro, que eu queria me aproveitar da situação para o fazer suar pelas desculpas.
           -Tá bom. -Então ele tirou uma espécie de colete, que usava por cima da blusa e começou a juntar todos os talheres que haviam sobre as mesas. Eu admito ter ficado admirada com sua disposição em fazer aquilo, sem nem questionar. Ter topado na hora, sabe?!

       Realmente eram muitas mesas, então tivemos um trabalho puxado. Mas até que foi divertido, ver as palhaçadas que o Neymar fazia, por todo o salão, tentando divertir o filho. Acho que divertiu mais a mim, do que ao garoto.
       O fato é que por passar das 9, Davi começou a bocejar e finalmente mostrar indícios de cansaço e sono. As arrumadeiras terminaram de tirar a maior parte da bagunça, que era o nosso objetivo, e enfim eu podia fechar o lugar.
     
        Entramos no carro e Davi já dormia na cadeirinha de trás. Fui na frente, junto com o jogador e ele deu partida rapidinho, também se mostrando apressado para chegar em casa.

         -Nossa! Tô mais cansado que o Davi, que era o aniversariante.
          -Ele tem uma energia e tanto...
          -Pois é. -Um silêncio se instaurou entre nós. -Olha, desculpa de novo. Você deve ter me interpretado mal,  quando te ofereci carona e falei que gostei de você ter vindo ao aniversário.
          -Eu realmente interpretei mal, mas não devia ter falado daquele jeito com você. Acho que também devo pedir desculpas.


Júnior P.o.v.:


          Eu passei a festa inteira tentando conversar com a Stella, para me desculpar com ela (por uma coisa, que nem eu entendi direito) porém ela parecia me evitar. Então deixei pra lá.

     Só que quando íamos embora, meu pai não a deixou pegar um táxi, por conta do horário. E acabou obrigando-a a aceitar minha carona. Foi então que pude conversar com ela, tranquilamente.
     Ela já havia me desculpado, só que fui surpreendido por suas palvras:
         -Eu realmente interpretei mal, mas não devia ter falado daquele jeito com você. Acho que também devo pedir desculpas. -Ela realmente estava me pedindo desculpas? Assumindo que foi mal educada comigo? Que tipo de mulher faz isso?
          -Você tá 'zoando'?
         -Claro que não. Fui uma doida falando com você daquele jeito, sem motivos. -Todos sabemos que mulher é um bico estranho. Mas se tem uma coisa que elas são, é orgulhosas.
          -Realmente. -Com certeza ela vai dizer: "Não precisava concordar".
          -É... -Soltou um risinho. -Desculpas. -Só isso? Ela não vai tentar mostrar seu ponto de vista, nem nada? Eu estava assustado com tamanha maturidade daquela mulher.
          -Claro, você me desculpou e não há motivos para eu fazer o contrário. -Olhei-a rapidamente e voltei minha visão para a estrada.
      Logo chegamos na sua casa.  Agradeci pela belíssima festinha e nos despedimos com um beijo no rosto, o que foi surpreendente pra mim.
     Dirigi até minha casa com meus pensamentos nela. Como pode? Linda, inteligente, simpática e madura? Realmente aquele Luan é um homem de sorte. Luan! Aí meu Deus! Eu tô pensando na mulher dos outros, que horror! Tratei de mudar meus pensamentos e me concentrei no caminho até em casa.


(...)


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Desculpem não está postando todos os dias, mas é que estou decepcionada com a quantidade de comentários. Muitas visualizações e pouquíssimos comentários. 😕 Mas fazer o quê né?

P.S. Eu se fosse vocês se preparavam para o próximo capítulo. Porque vai haver uma reviravolta na trama, que vai deixar todas surpresas.

18 janeiro 2017

Capítulo 6



(...)


          Tudo estava muito bonito. Quando cheguei todos já estavam presente. Só faltava o aniversariante, junto com a mãe e o pai.
  Eu sei que estava ali como convidada, mas era inevitável não supervisionar os detalhes da festa.
   
          Na área de diversão, onde ficavam os brinquedos havia barracas com diversas guloseimas, dentre uma delas, a đe cachorro quente, que foi onde avistei dona Nadine, acompanhando uma menininha. Resolvi me aproximar.
           -Vejo que a senhora já saboreou do nosso cachorro quente. -Ela fez cara de criança que é pega fazendo coisa errada, e riu, em seguida.
          -Admito que quando vi a Layla comendo, não resisti e quis provar também. -A menininha que estava com ela, se lambuzava com seu cachorro quente. -Não se esquece de se limpar, antes de ir falar com sua mamãe. -Disse para a criança e a mesma saiu correndo para o pula-pula, já que havia terminado seu lanche.
           -As crianças estão bem agitadas.
           -Isso porque ainda são 3 horas da tarde. Deixe passar das 6, pra você ver se elas não estarão todas no colo dos pais.
          -Estão bem atrasados. -Comentei olhando para o relógio que marcava 3 e 26.
           -A Carol me disse que já estão no caminho.
           -Ainda bem, já estava achando que não teríamos aniversariante. -Ela riu e terminou seu cachorro quente.
          -Stella, querida. Eu sei que estou sendo enxerida, mas a Rafaela falou comigo sobre o que aconteceu com seu marido e você, no bar.
          -Eu quem contei à ela.
          -Eu sei que nem os conheço, mas de casamento eu entendo e queria falar com você sobre isso.
          -Pode falar. -Ela sentou num banquinho e fez gesto para que eu sentasse também.
          -Vocês estão juntos há muito tempo e isso não pode ser ignorado, é claro. -Assenti. -Devo imaginar que ele não veio com você, porque ainda estão brigados, certo?
          -Está certa. -Não sei como, mas me senti confortável em dizer a verdade, para ela.
          -Por que você não o perdoa logo e deixa esse pequeno incidente no passado?
          -Porque pra mim, não foi pequeno. Ele nunca foi de fazer aquilo, aí de uns tempos pra cá, faz coisas que estão me assustando um pouco.
          -Leva anos para se conhecer alguém, por completo.
          -Eu quem diga.
          -Vocês são um lindo casal e se amam de verdade. Não desista tão cedo.
         -Não, Nadine. Isso nunca me passou pela cabeça.
         -Que bom. Fico mais aliviada, por ver que você tem a cabeça no lugar. -Sorri sem lhe mostrar os dentes. -Estou parecendo uma enxerida mas é que eu sou assim. Não gosto de ver as pessoas boas, tristes.
         -Eu pareço triste?
         -Sim. Seus olhinhos parecem abatidos e você nem sorri mais. -Pelo jeito essa mulher é observadora. E eu não consigo disfarçar minha tristeza por estar de mal com o Luan. -Não me leve a mal, porque eu tenho as melhores intenções possíveis. -Ela pegou minha mão e eu senti que suas palavras eram verdadeiras.
          -Sem problemas, a senhora me abriu os olhos pra essa situação. Fico agradecida. -Seu celular tocou e ela disse ser a Carol.
    Eles já estavam de frente ao local. Todos bateram palmas quando viram o Davi Lucca com seus pais entrando pelo portão. Já o menininho, por outro lado, tinha um sorriso de orelha a orelha, que mal cabia no rosto.
    Eles foram cumprimentar cada convidado pessoalmente e eu fui ver como estava indo as coisas do buffet. Havia um pequeno probleminha com os refrigerantes, porque foram deixados muito tempo no caminhão e estavam um pouco quentes. Obviamente eu não deixaria servirem aquilo, correndo o risco de ofender alguma das crianças, então encomendei novos refrigerantes e pedi a alguém do buffet para me avisar quando chegassem.
    Retomei ao salão principal e fui surpreendida por alguém me cutucando os ombros, por trás. Era a Rafaela, que segurava o sobrinho nos braços.
          -Oie! -Me cumprimentou e eu sorri. -Essa é a moça que fez toda essa festa pra você, Davi.
          -É? -Ele questionou um pouco envergonhado.
          -É sim. Tem algo a dizer pra ela?
          -Obrigado. -Ele falava tão bem, que nem parecia uma criança de apenas 4 anos.
          -Por nada meu amor. -Lhe beijei a bochecha e ele ficou vermelhinho de vergonha. -E meus parabéns. -Ele se encolheu no pescoço da tia e nós rimos, com seu constrangimento.
          -Tá tudo muito lindo.
          -Graças a você, também. -Lhe dei o crédito.
          -Luan não pôde vir?
          -Estava com dor de cabeça. -Que desculpa esfarrapada. Logicamente ela deve ter entendido o que se passava.
           -Achei vocês! -Uma voz se aproximou de nós, nos chamando a atenção.
          -Mamãe... -Logo o Davi, trocou de braços.
          -Essa é a Stella, Carol. -Apertamos as mãos. -Ela é a organizadora da festa.
          -Ah! Muito obrigada pela festa. Está maravilhosa. -Ela me pareceu bem simpática.
          -A Rafaela tem culpa nisso, também. -Brinquei e elas riram.
         -Mamãe, posso comer algodão doce?
          -Claro filho. Hoje você pode. -Elas foram se afastando.
          -Vem Stella. -Me chamou a Rafaela, convidando para acompanha-las e assim eu fiz. Fomos até a área de diversão e havia dezenas de crianças correndo e se esbaldando nas barracas de guloseimas.
    Conversamos e fizemos perguntas, para nos conhecer melhor, durante alguns minutos. Até sermos interrompidas por Seu Neymar e dona Nadine.
    Todos conversávamos distraídos e empolgados, me sentia íntima daquela família. Logo em seguida, o jogador quem se juntou a nós e de repente formavámos 1 círculo gigantesco de "amigos"

          -Vocês nem sabem do que estão falando. -Disse o jogador em meio a 1 dos aleatórios assuntos, que conversávamos.
          -Desculpa atrapalhar. -Um dos garçons do buffet, apareceu ali, com seu sotaque espanhol. -Dona Stella, aquela encomenda acabou de chegar.
          -É.. Com licença. -Me retirei do círculo e acompanhei o garçom, até os fundos. -Tira todos esses refrigerantes quentes daqui, e troca pelos que vão descarregar, por favor? -Pedi ao garçom e fui pagar pelos que haviam acabado de chegar.
     Quando estava voltando ao salão, esbarrei em alguém, distraidamente.
          -Desculpa. -Pediu a outra pessoa e eu levantei meu olhar. -Eu estava procurando o banheiro. -Era o jogador.
          -Entra nessa porta aqui. -Apontei para a porta e ele me agradeceu com um sorriso. Voltei a supervisionar como estava o buffet e fui organizar a mesa com os salgados.
          -Faz mal se eu roubar um, antes dos parabéns? -Me surpreendi com o Neymar pegando um salgado.
          -Claro que não. -Ele se apoiou na mesa e saboreou o salgado.
          -Que delícia. -Ri de seu jeitinho moleque. -Que foi?
          -Nada. -Voltei a mexer na organização da mesa.
          -Obrigado pela festa.
          -Disponha. -Eu não dava importância a nossa conversa, até ele trocar de assunto.
          -Luan não quis vir?
          -Não. Estava com uma pequena dor de cabeça.
           -Hum... Desculpa. -Obviamente ele notou meu desconforto. -Mas eu fico feliz por você ter vindo.
          -É mesmo? -Questionei sem fazer questão, pelas suas intenções nas palavras.
          -É. -Percebia por alto, que ele me olhava fixamente. -Você tem como voltar?
          -Vou pegar um táxi.
          -Não precisa, eu te levo.
          -Olha, -Parei o que estava fazendo e me direcionei a olha-lo. -Eu sei que parece que o Luan não sabe me dar o devido valor e que nosso casamento pode estar em risco. Mas não está. E mesmo que estivesse, isso não te daria o direito de me jogar esse papinho.
          -Eu só te ofereci uma carona.
          -E eu estou recusando. Obrigada. -Me afastei da mesa e consequentemente, do jogador. Ele deve ter me achado uma paranoica, mas eu não iria flertar com ele. Amo meu marido e nunca daria brecha para outro homem.
      Sei que fui grossa, mas uma mulher sabe reconhecer quando estão com segundas intenções por ela. E se eu, se quer, tentasse ser simpática, iria parecer que eu estava lhe dando brechas para flertarmos.
Sou casada e sei como devo agir para com outros homens.



(...)


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Desculpem a demora. Mas estou esperando por um número de comentários, razoável. 

14 janeiro 2017

Capítulo 5



(...)


           -Você tá bem?
          -Hunrrum. -Concordou ainda olhando para fora da janela. -Acho que nunca vim nesse lado da cidade.
          -Não? Então você não sabe o que tá perdendo. Tem uma sorveteria por aqui, que faz sorvetes de sabores que você nunca imaginou na vida. É muito gostoso. -Ela me olhou rindo e eu fiquei constrangido. -Que foi?
          -Você parece uma criança falando desse jeito. -Cocei minha nuca e ri fraquinho para disfarçar minha falta de jeito. -O que mais tem por aqui que eu não sei?
          -Sei lá, tem uma parque bem irado, com uma montanha russa enorme. -Pensei mais um pouco. -Ah! Tem uma das melhores baladas que já fui na minha vida, também.
          -Então quer dizer que este é o lado divertido da cidade?
          -Mais ou menos. -Percebi que o taxista olhava para nós 2, pelo retrovisor. -Vocês moram a pouco tempo aqui?
          -O Luan mora a uns 5 anos mas eu só me mudei depois do casamento. Então faz quase 2 anos.
          -E ele nunca te trouxe pra esse lado da cidade?
          -Que eu me lembre não. -Ela tinha sua cabeça apoiada para trás, no acento do táxi, e uma postura de cansada. -Seu filho vai fazer quantos anos?
          -4.
          -Nossa! É novinho.
          -Sim. Mas cresce rápido e quando eu menos notar vai está com 14, reclamando da vida.
          -Ah isso é verdade! -Se pronunciou o taxista e nós rimos. -Se eles fossem crianças para sempre seria fácil.
          -Adolescentes são tão complicados assim? -Questionou Stella.
          -Você não faz ideia. Vai entender quando tiver um. -Respondeu o homem.
          -Ah não! Eu não pretendo ter filhos. -Acho que a reação do taxista deve ter sido a mesma que a minha: de espanto.
          -Como não? -Expressei minha surpresa.
          -Eu adoro crianças mas acho que não sirvo para o papel de mãe.
           -O que seu marido acha disso? -Obviamente o moço notou sua aliança na mão esquerda, já que a perguntou isso.
          -Deixei claro desde o início e ele sempre disse que tentaria mudar minha decisão mas até hoje isso não aconteceu.
          -Ele te ama muito então. Porque pra casar sabendo que você não pretende construir uma família... -Comentou o moço.
          -Ele sempre respeitou essa decisão minha e também eu gosto de deixar nas mãos de Deus. Se vier uma criança eu a amarei muito, mas planejar? Eu não pretendo.
          -Você vai mudar de ideia assim que vier o primeiro filho. -Me pronunciei sobre o que eu pensava daquilo. -Aquela coisinha pequena muda nossa vida de um jeito que você não consegue imaginar. É um turbilhão de sentimentos que parece não caber no peito. Sério! Não tem como te explicar.
          -Seus olhinhos brilharam, agora. -Nem notei que nós nos encaravamos olho a olho. Então logo a vergonha voltou e eu abaixei meu olhar. Ela riu fraquinho, por ter notado. -Bom... Se um dia acontecer de eu sentir essa sensação, prometo voltar aqui e compartilhar com vocês.
          -Acredite.. Um filho é a melhor coisa que pode acontecer a um casal. -Completou o moço e nós seguimos o restante do caminho conversando sobre assuntos da cidade. Estava muito bom o papo mas quase já não havia lugares para passarmos, até o endereço de Stella. Então resolvemos que estava na hora de ir para casa. -Pronto moça.
          -Obrigada seu Lúcio. Foi um prazer lhe conhecer.
          -O prazer foi meu senhorita, quer dizer: senhora. -Ela saiu do táxi e eu a acompanhei.
          -Muito obrigada Neymar. Nem sei como te agradecer, é sério.
          -Pode começar me chamando de Júnior, po.
           -Acho que não temos toda essa intimidade.
          -Mas é que Neymar fica muito formal. Parece que estão falando com meu pai, ao em vez de comigo.
          -Tá bom então. -Ela ia entrando na casa e eu me virei para voltar ao táxi. -Ei! Seu casaco. -Ela tirou o mesmo.
          -Pode ficar.
          -Claro que não. É seu. -Me entregou. -Obrigada de novo. -Sorriu e finalmente entrou na casa. Voltei ao táxi e disse meu endereço para o moço. Quando cheguei notei que os moleques não haviam voltado ainda. Tomei um banho e minha curiosidade em sentir aquele cheiro novamente, me tomou conta. Aquele casaco jogado sobre minha cama parecia me chamar, de forma que eu nem conseguia raciocinar direito. Então não resisti a tentação e aproximei meu nariz ao tecido, sentindo aquele cheiro forte e delicioso. Tão bom, que me fez suspirar algumas vezes. Não sei qual o perfume que ela usa, mas seja lá qual for, é muito bom.


Stella P.o.v.:

          Já faz alguns dias desde o vexame que o Luan fez no bar. Discutimos feio no dia posterior e já faz mais de 1 semana que não conversamos. Nem nos cumprimentamos, para ser mais exata. Mas lhe dar um gelo duro, é o mínimo que posso fazer para lhe punir por aquela cena, né mesmo?

          Nesse momento eu estou terminando os preparativos do aniversário do Davi Lucca. O Neymar disse que sua irmã quem ficaria responsável por supervisionar e escolher o estilo da festa, então ela está comigo, no salão escolhido por ela mesma.

          -Acho que essa parte dos balões poderia ficar na entrada. -Eu disse, me referindo aos balões de letras, que formavam a frase: Feliz aniversário Davi.
          -Pode ser. E essas faixas vão junto?
          -Sim.
          -Então aqui nós poderíamos colocar uma foto do Davi, do tamanho dele. Que tal?
          -Claro. Você quem manda. -Ela riu e eu anotei a mudança no tablet.
          -Você e seu marido vão vir, não é mesmo?
          -Não sei. Não estamos em um bom momento, depois daquele dia no bar. -Ela franziu a testa, como quem não entendeu o que eu disse. -Seu irmão não contou?
          -O quê? -Acho que o Neymar não quis ser inconveniente, falando da cena do Luan, para os outros.
           -O Luan bebeu esses dias e foi até o barzinho onde eu estava, quase caindo pelos cantos.
          -E o que meu irmão tem haver com isso?
         -Eu estava com uma amiga e ele com alguns amigos, também. Quando chegou, me reconheceu e foi nos cumprimentar. Acabou que todos nos juntamos em uma só mesa.
          -Então seu marido chegou e ficou com ciúmes?
          -Não. O constrangimento foi por ele estar muito bêbado e querer me beijar, naquele estado.
          -Nossa! O Juininho não me disse nada.
          -Acho que ele quis me polpar de mais constrangimento.
         -Desculpa se causei incômodo, te fazendo falar disso.
          -Relaxa. Eu quem toquei no assunto. Mas voltando a festinha: se quiserem almentar o número de convidados, pode falar que eu acrescento mais mesas.
           -Não. Já estou achando exagerado demais 51 convidados.
          -Eu imaginei que seriam bem mais pessoas, por ser o filho do Neymar Júnior.
          -Meu irmão pode ser esse jogador super famoso, mas é bem humilde. Ele gosta de simplicidade. Só fez essa festa mais elaborada porque quando se trata do filho, ele gosta de esbanjar. -Continuamos conversando mais um pouco antes de voltar aos preparativos da festa.
     Ela é encantadora, tem um jeito bem reservado mas quando pega intimidade, é muito simpática. Devo admitir que é mimada, só que não a culpo por ter a sorte de ter uma boa condição de vida, graças ao irmão. Tem mais é que aproveitar mesmo.


  • 2 dias depois

      A Rafaela e dona Nadine fizeram questão de minha presença no aniversario então eu acabei concordando em ir ao evento. Claro que em alguns casos eu sempre vou aos eventos para me certificar do sucesso, mas aniversários não exigem minha presença. Só que dessa vez vou como convidada.

      Ainda não estou de bem com o Luan, porém o chamei para ir comigo. Ele não é meu namoradinho, o qual não sou obrigada a levar para os lugares. É meu marido e tenho deveres para com ele. Só que ele quem não quis ir. Acho que está com vergonha de encarar o Neymar e eu no lugar dele, também estaria. Então estou indo para não desmarcar, porque não imaginei que fosse sozinha.




(...)

13 janeiro 2017

Capítulo 4




(...)


          Ele vinha quase que cambaleando e sua mulher tinha uma cara enfurecida sobre sua direção. Também, pudera não é mesmo? Sua situação era deplorável, e além dele mesmo, estava fazendo ela passar vergonha em público.

    Ele esbarrou em uma das mesas perto da nossa e pediu desculpas, todo enrolado. Depois se aproximou de nós, já fazendo um alvoroço por reconhecer a mulher. Nesse momento a Stella já morria de vergonha, pela falta de educação do marido.

          -Stellinha meu amor. Vem cá me dá um beijo, vai! -Tentou a beijar mas ela se levantou da cadeira, evitando-o. -Que foi amor? Vem cá! -Sua amiga também se levantou e todos nós fizemos o mesmo, por cavalheirismo. -E aí rapaziada? Tudo bom com vocês? -Ele apertou a mão dos meninos e quase caiu sobre eles.
          -Era o que me faltava. -Stella estava super desconcertada e passou a mão sobre a testa, incrédula. -Cadê o Enzo e o Carlos, Luan?
          -Não aguentaram tomar mais nenhuma. São muito fracos pra bebida. -Soltou um riso e foi irônico ele falar aquilo, naquela situação. -Agora vem cá amor! Me dá um beijo? -Ele tentou a beijar mas ela conseguiu sair de seus braços e vir para perto de mim. Coloquei-a atrás de meu ombro para evitar que ele agarra-se a força.
          -Cara, vamos sair daqui, vamos? -Tentei ser educado com ele e peguei em seu braço para o levar para fora do bar. Mas ele foi rude e me empurrou com certa hostilidade. Os moleques logo vieram pra perto de mim, para evitar uma briga.
         -Luan! Chega! -Sua mulher exclamou e saiu o puxando para fora do bar, sobre os olhares de todos que estavam ali. Logicamente eu não a deixaria sozinha.
          -Não Júnior. Não se mete na briga deles.
          -Como não Jota? Olha como ele ta? E se ele machucar ela?
          -Relaxa. Ele não faz nada com ela e também eu vou lá pra ter certeza. -Disse a Luana e começou a mexer em sua bolsa.
           -Não. A gente paga. -O Jota não a deixou abrir a bolsa. -Vai lá. Esquece isso que a gente paga. -Ela agradeceu e foi até a saída do lugar. -Que Barra!
            -É. Mas agora vamos sair daqui, porque se alguém fotografa o Juininho no meio disso tudo, vai render matéria amanhã. -Seguimos o Conselho do Gui e pagamos a conta para logo ir embora. Por sorte ninguém me pediu foto durante nossa saída e a gente conseguiu sair ilesos dali.

         Ao entrarmos no estacionamento vi a Stella com uma mão na testa e possivelmente respirando fundo. Quando me aproximei percebi que ela chorava fraquinho. Nem chamei os meninos, apenas fui em sua direção para acalma-la, se fosse preciso.
          -Tudo bem? -Ela me deu as costas e parecia limpar as lágrimas rapidamente. -Eu queria pedir desculpas por me intrometer entre vocês, lá dentro. -Ela não se virou e eu pensei que estava me ignorando.
            -Obrigada. -Sua voz saiu embargada. -Desculpas peço eu, pelo jeito que o meu marido te tratou. -Ela ficou de lado para mim e se apoiou em um dos carros que tinha ali. -Ele nunca bebeu tanto assim, não entendo o que tá acontecendo com ele.
          -Eu sei que ele é um bom homem. Vi isso em todas as vezes que ele estava sóbrio. -Ela me olhou com os olhinhos arregalados, talvez por ter se sentindo ofendida com minhas palavras. -Desculpa. Não quis dizer isso. Eu... -Ela foi relaxando de novo e eu me aproximei.
          -Sai com tanta pressa que esqueci de pagar a conta.
           -Não precisa se preocupar.
          -Claro que sim. Fomos nós, quem convidamos vocês.
          -Mas nós somos os homens. Deixe-nos ser cavalheiros. -Ela sorriu como forma de agradecimento e depois soltou uma gargalhada. -O que foi?
          -Não teria como pagar. Deixei minha bolsa no carro da Luana. -Me mostrou suas mãos vazias e ri junto à ela.
           -Sua amiga já foi?
          -Já. Não queria lhe causar mais incômodo.
          -E seu marido? -Ela respirou fundo e voltou a me olhar nos olhos.
          -Coloquei ele em um táxi. Ele que se vire para entrar em casa. -Ficamos alguns segundos em silêncio e eu admito que estava admirando a beleza daquela mulher que estava na minha frente, com os olhinhos um pouco vermelhos e os cabelos sacudidos pelo vento. Como pode alguém ser tão bonita assim?
          -Bom... E você? -Ela colocou uma mexa de seus cabelos para trás da orelha e fez uma cara de desentendida. -Como vai voltar para casa?
          -Ah sim! Não vou agora, preciso esfriar um pouco minha cabeça. -Percebi que ventava muito então abri o zíper de meu casaco para lhe oferecer. -Não precisa. -Dizia enquanto eu tentava colocar o casaco por cima de seus ombros.
          -Tá frio e você disse que não vai pra casa agora, então vai precisar. -Ela cedeu e deixou que eu a cobrice. Que perfume Jesus. Seu cheiro me embriagou mais que qualquer álcool que já bebi. -Você vai ficar aqui? -Não sei se ela notou minha falta de jeito perto dela mas acho que era nítido.
          -Não. Vou andar um pouco, depois pego um táxi.
          -Com que dinheiro? -Lhe lembrei que estava sem sua bolsa e ela sorriu envergonhada.
          -Verdade.
          -Quer meu celular para ligar pra alguém?
          -Eu só sei o número de três pessoas: da minha mãe, que mora no Brasil e não vai poder me ajudar; do Luan e o meu, que acabou indo junto com o Luan no táxi. -Bufou de um jeito tão bonitinho que eu tive que rir.
          -Acho que posso te pagar um táxi... -Sugeri, com receio dela se sentir ofendida com minhas intenções.
          -Não. Seria abusar de sua boa vontade.
          -Claro que não. Vem, que eu te levo até o ponto de táxi. -Ela parecia pensar na proposta. -Dá pra você ir esfriando a cabeça até la.
         -Tá bom. -Ela resolveu me acompanhar e nós saímos daquele estacionamento.

Ligação P.o.v.:

          -Cadê você NJ?
          -Eu tô aqui perto do bar.
          -Fazendo o quê?
          -Dando uma volta.
          -Hum... -Disse malicioso. -Tá com mulher né? Já entendi. -Ri de seus pensamentos.
          -Não é nada do que você ta pensando irmãozinho.
          -Relaxa. Vou ficar calado, mas se cuida em...
          -Tá bom Gil. -Não quis discordar para evitar prolongar aquela ligação.
           -Tu dá teu jeito pra voltar pra casa?
           -Claro.
           -Certo. Valeu.
           -Valeu.

Ligação off


          -Seus amigos acham que você está com alguma garota?
          -É. Mas não deixa de ser verdade né? -Ela sorriu e 2 caras passaram por nós a secando com o olhar. Estavam tão distraídos olhando para ela que não perceberam que tinha alguém ali do seu lado, que no caso era eu.'
    Ela notou e vestiu meu casaco por completo. Fechando até o zíper do mesmo.
          -Me desculpa pela cena que o Luan fez, no bar.
          -Não precisa. Você não teve culpa. -Ficamos em silêncio e logo chegamos no ponto, esperei que um táxi passasse e o chamei para ela.
          -Como você vai voltar pra sua casa?
          -Vou pegar outro táxi.
          -Porque não vamos no mesmo? Afinal, nossas casas são em condomínios quase vizinhos.
          -Pode ser. -Eu me sinto constrangido perto dela, mas ao mesmo tempo gosto disso. Sei que estou falando de uma mulher casada, só que sejamos verdadeiros: ela chama a atenção de qualquer homem. É impossível não vê-la com segundas intenções. Mas eu estava a acompanhando com todo o respeito que tenho por ela e pelo Luan. Só que meus pensamentos eu não controlo, né mesmo?
     Entramos no táxi e ela disse o endereço, lembrei que ela queria espairecer antes de ir pra casa e que nossa caminhada do estacionamento até o ponto foi muito curta, não deve ter dado tempo dela nem se quer esquecer do ocorrido.
            -Pode fazer o caminho mais longo. -Pedi ao motorista. -O mais longo possível. -Ela devia estar me olhando espantada, foi o que pensei, mas quando olhei-a de canto, ela tinha sua cabeça encostada no vidro e parecia área.

(...)



__________________________
Desculpem pela demora.
Respondendo sobre minha outra fanfic: acho que vou abandonar sim; estou sem criatividade para aquela história e venho gostando muito mais desse blog. Mas quem sabe se um dia não volto a escrever por lá, né mesmo?
P.S. Adorei que vocês comentaram bastante no outro capítulo. Façam isso mais vezes.

09 janeiro 2017

Capítulo 3


Agosto de 2015


Stella P.o.v.:

          Hoje -Segunda- volto a trabalhar. Sou produtora de eventos e tirei 2 meses de folga, que se passaram mais rápido do que imaginei. A empresa onde trabalho é bem diversificada, organiza eventos de todos os portes. Desde aniversários para criancinhas, até casamentos luxuosos. E se tem algo que nunca falta ali, é trabalho.
   Mas eu gosto do que faço. Mesmo chegando em casa, ás vezes, com uma dorzinha de cabeça, fico contente com os resultados de meus esforços. E como eu gosto de não ter que depender totalmente do Luan, esse trabalho me ajuda muito.

   


          Meu marido sempre me deixa no trabalho, antes de ir para o seu, e hoje não foi diferente. Nos despedimos com um beijo e comecei minha manhã cheia de projetos para fazer. Tive que começar os preparativos de 2 festas, uma de criança e outra para adolescente. Fiz inúmeras ligações e só tive tempo de parar para descansar depois das 2 da tarde. Foi quando notei que Luan me mandou mensagem no whatsApp




      Eu sei bem esse: "Ele disse que vai ser só pros mais chegados". Aniversário de filho de jogador nunca tem nada de simples, e ainda mais sendo do filho de Neymar Júnior. Já vi que vai me dar trabalho, mas fazer o quê né?

          Peguei um táxi até em casa e cheguei antes mesmo das 4. Fui arrumar a bagunça que tinha ali e depois preparei o jantar. Já passava das 7 quando recebi uma ligação da minha amiga Luana. Ela me chamou para sair  mais tarde, não entendi direito, mas com certeza deve ser balada. Aceitei pois como é Segunda não vai ter muito movimento e faz tempo que não saiu com ela.


Ligação P.o.v.:

          -Oi amor?
          -A Luana me chamou pra sair amor. Algum problema?
          -Claro que não. Pode ir.
          -Aliás, onde você tá? -Perguntei pois já eram quase 8 horas da noite, e obviamente ele saiu com alguém depois do trabalho.
          -Naquele restaurante brasileiro, com o Enzo e o Carlos.
          -Vocês também não se desgrudam, em?!
          -Ah amor! A gente precisava relaxar depois desse dia cansativo. Nem tivemos tempo de almoçar hoje, com tanto trabalho
          -Sei... Vou desligar então. Beijo.
          -Beijo.

Ligação off.

          Luana foi me buscar em casa por volta das 10 horas e ela nos levou até um bar, onde teria música ao vivo.
          -Imaginei que fossemos em uma balada.
          -Em plena Segunda-feira? Não!
          -Nunca sei o que esperar de você. -Ela soltou um riso e se fingiu de ofendida. -É que você é muito animada amiga. -Tentei consola-la.
          -Rum... -Essa louquinha é do Brasil também. Namorou um cara daqui e morou com ele por uns 2 anos, mas quando terminaram ela decidiu continuar morando em Barcelona.
Nos conhecemos em 1 dos restaurantes brasileiros daqui e desde então mantemos contato quase sempre.

      Chegamos no bar e para nossa sorte não estava muito movimentado. Logo, escolhemos uma mesa legal e pedimos algumas bebidas.
      Quando a banda começava a preparar os instrumentos, meu marido me ligou.
          -Maridão já tá ligando? -Brincou Luana e eu atendi.

Ligação P.o.v.:

          -Oi Luan.
          -Onde você está?
          -Num barzinho. Por quê?
          -Diz o nome que eu vou aí com os meninos.
          -Vocês não estavam cansados?
          -Dá pra aguentar mais uma. -Soltou um risinho e eu fiquei calada. -Manda o nome por mensagem.

Ligação off

     Desliguei porque percebi que ele estava bêbado. Odeio quando ele inventa de beber durante a semana, porque vai trabalhar morrendo de dor de cabeça. Isso acontece pouquíssimas vezes mas me incomoda muito.
     Mandei o nome do lugar, pois ele iria em todos os bares da cidade, me procurando, se não dissesse onde estou.

          -Que foi amiga? Foi a brincadeira que fiz? -Perguntou Luana, percebendo minha cara de descontentamento.
          -Claro que não Lu. Meu marido que bebeu e agora inventou que quer vir aqui.
          -Mas ele tá muito bêbado?
          -Não. Mas tá rindo até do vento que bate na cara dele. Igual um retardado. -Quem gargalhou foi minha amiga e eu não consegui segurar minha risada também.
          -Desculpa Stella. É que foi engraçado.
          -Relaxa amiga. -Tentávamos parar de rir, quando vi o Neymar, com alguns amigos, entrando no estabelecimento. -Disfarça Luana. Neymar Júnior acabou de chegar. -Falei entre dentes.
          -Né que é mesmo. -Disse surpresa. -É minha impressão ou ele tá olhando pra cá?
          -Luan conhece ele.
          -Mentira!? -Exclamou abismada -Que marido chique esse seu. -Soltei um riso com as loucuras dessa menina e percebi que o jogador estava se aproximando da nossa mesa.
           -Ele tá vindo Stella. -"Como se eu não soubesse".
           -Oi. -Ele nos cumprimentou, assim que chegou perto.
          -Oi. Sou a Luana. -Olhei espantada para minha amiga. Ela nem esperou para se apresentar. Ele riu bem fraquinho e apertou a mão dela.
          -Prazer Luana. -Eu apenas sorri simpática para ele e ele retribuiu da mesma forma. -Bom, esses são meus amigos: Gilmar, Guilherme, João Celso e meu brother Jotinha.
          -Oi. -Todos falaram sincronizados, o que arrancou um riso nosso.
          -Sou a Stella. -Todos fomos nos cumprimentando aos poucos e logo percebi os olhares da Luana sobre os garotos. -Vieram curtir a noite?
          -Sim. Estávamos precisando de uma distração. -Respondeu o jogador e todos ficamos em silêncio por algum tempo.
          -Não querem sentar? -Cutuquei minha amiga por baixo da mesa. -Aí!
          -Não vamos incomodar? -Perguntou o irmão do jogador, não querendo ser inconveniente.
          -Claro que não. Fiquem á vontade. -Respondi sorridente mas não muito contente com a situação.
          -Como tá o Luan? -O Neymar perguntou enquanto eles puxavam as cadeiras para se sentar.
          -Tá bem. Ele chega daqui a pouco.
          -Vocês estão bebendo o quê?  -Perguntou o tal de Gilmar, olhando a garrafa que estava sobre nossa mesa.
          -É um pouco fraca mas até que é boa. -Respondeu minha amiga e eles riram.

 Fiquei mexendo em meu celular, enquanto eles se conheciam.


Mari_teixeira  Que linda 😍
Tehus.martins Essa mulher é um arrazo
marc-versiani Mana linda. Saudades❤
Caroline Prima gata😍
Tricotei Mulher maravilhosa👏
Tehus.martins Gostosa demais
patric-Luna Chora nesse corpo mara


     Até olhei alguns comentários, coisa que é raro eu fazer. Curti os relevantes e bloqueei a tela de meu celular, voltando a prestar atenção nos meninos.
          -E você Stella? -Questionou um dos meninos que eu não consegui lembrar do nome. -Trabalha?
          -Sim. Sou produtora de eventos. -Dei um gole em minha bebida e percebi as olhadas que Luana trocava com o Jota.
          -Luan disse que você aceitaria fazer o aniversário do Davi.
           -Ela falou comigo. Tá bem pertinho né?
          -É que a mãe dele só me disse que ele poderia vir passar o aniversário aqui, esses dias. Então minha mãe lembrou que você comentou sobre seu trabalho lá no churrasco.
          -Hum... Depois você me diz como tá pensando em fazer.
         -Certo. -Sorri sem mostrar os dentes e a banda finalmente começou a tocar. Eram músicas calma mas não conseguíamos prestar atenção na letra, pois conversávamos entretidos. -Tóis? -Perguntei abismada com o nome do grupo, que eles chamam de 'bonde do tóis'. -De onde vocês tiraram isso?
         -É como se fosse 'nois' mas a gente nem lembra como surgiu isso. -Explicou o Guilherme e nós Rimos.
          -Vocês são muito engraçados. -Luana dizia, já que eles nos tiraram inúmeras risadas nesse pouco tempo.
          -Isso é bom, né? -Questionou o Jota.
          -Com certeza. -Olhei meu celular pela décima vez, esperando sinal de vida do Luan e nada de mensagem ou ligação. -Tudo bem amiga?
          -Tudo. -Respondi, dando outro gole em minha bebida.


Júnior P.o.v.:


          Já estava ficando bem tarde e a Stella não parava de conferir o celular, então deduzi que o Luan não apareceria.
   Ela estava claramente preocupada e nem prestava mais atenção no que conversávamos. Se distraía olhando para o nada, quando não, com o telefone.
   Até que finalmente seu marido apareceu ali na entrada do bar. Mas definitivamente não estava em uma Boa situação.
   Não precisava ser vidente para saber que aquela noite não acabaria bem.


(...)


________________________
Quero ver mais comentários, afinal, estou me dedicando a história. 
P.S. Próximo capítulo após 5 comentários 

08 janeiro 2017

Capítulo 2



Indicação 》》 http://ounicoproblemaenaoteteraqui-njr.blogspot.com/



(...)



"Pelo jeito ela conseguiu agradar a todos mesmo."



          Faz uma semana que encontrei aquele colar, nem sei mais o que pensar sobre essa situação. Então decidi que vou perguntar ao Luan, ao em vez de ficar esse clima horrível entre nós, sem ele nem saber o motivo.
   Seja lá o que for, vou encarar a situação de frente e escolher uma consequência para isso.

     Ele chega por volta das 7 da noite então nem vou fazer janta, porque estou sem cabeça para cozinhar. Só quero esclarecer essa história e saber o que verdadeiramente está acontecendo com meu marido. Porque se ele estiver me traindo, não é o mesmo cara que eu conheci a 6 anos atrás e pelo qual me apaixonei.
     Só de imaginar que ele pode ter estragado nossa relação com uma sacanagem desse nível, me dá vontade de o matar e enterrar o corpo onde ninguém encontraria.

    Já estava perto do horário dele chegar, fiquei esperando sentada no sofá e desimpaciente com sua demora em aparecer por aquela porta.
     7 e 30 e eu ainda continuava sozinha naquela sala. 8 horas e eu andava de um lado para o outro, 'será que ele está me traindo nesse momento?' Vou esganar esse cara, juro que arranco seu membro com minhas próprias mãos e leilou como se fosse um troféu.
    Eu sei que posso estar ficando paranoica mas quando passou das 9 horas, já estava preocupada com o que poderia ter acontecido com Luan. Liguei para seu telefone e fui ignorada na primeira ligação, fiquei furiosa porém 15 minutos depois seu nome estampava a tela de meu celular.

Ligação P.o.v.:

          -Onde você está Luan?
          -Oi amor, você não vai acreditar com quem eu estou.
          -Tenho cara de vidente? -Rude eu? Imagina...
          -Nossa! Calma Stella.
          -Calma o escampal. Eu aqui achando que poderia ter te acontecido algo ruim e você aí, possivelmente se divertindo.
          -Eu tô no bar com Neymar Júnior, amor. -Falou sussurrando.
          -Se você não chegar daqui a 1 hora, vai ter um encontro marcado com Jesus Cristo, pessoalmente.

Ligação off.

     Desliguei sem esperar que ele dissesse algo, estava mais que enraivada por ele ter saído e nem se quer avisado que voltaria mais tarde, me deixando preocupada.
   O que tá acontecendo com meu marido? Ele sempre foi prestativo e agora anda desleixado com nosso compromisso. Minhas suspeitas de traição só crescem cada vez mais.

    Eu sou totalmente apaixonada por ele, mas traição é uma coisa que eu não suportaria dele, nem de ninguém. É jogo sujo, com o parceiro e o pior jeito de fazer a outra pessoa de besta, que existe no mundo. Para mim é inaceitável.
     Nosso casamento é bem forte, temos certeza de nossos sentimentos, mas se isso tiver acontecido, não vou exitar em acabar com essa palhaçada.

Não vou servir de palhaça, nesse circo de babaquice. Se ele fez realmente isso, não me ama como disse que amava e eu vou ser firme na minha decisão de nos separarmos.

     Alguns minutos depois ele chegou e minha feição era de raiva misturada com ódio. Estava morrendo de vontade de batê-lo, até que não restasse nada dele.
          -Amor me escuta. -Colocou suas chaves na mesinha de Centro e tentou chegar perto de mim, mas eu não deixei. -Você ouviu o que eu falei no telefone? Eu estava bebendo com o Neymar, amor.
          -E por acaso, ele te hipnotizou? Fazendo você esquecer que tem uma mulher, em casa? Que se preocupa com você.
          -Eu me empolguei demais, desculpas. -Novamente tentou se aproximar mas eu recuei.
          -Hum...
          -Eu fui um idiota, desculpas.
          -Hum...
          -Isso não vai voltar a acontecer. Te prometo. -Fiquei calada esperando que ele falasse mais alguma coisa, só que ele parecia não ter mais o que falar. -Eu.. Eu... Não sei mais o que dizer. -Continuei calada. -Fala comigo amor, por favor. Responde só com esse "Hum...". Mas fala alguma coisa.
          -Que tal você falar sobre aquele colar?
          -Que colar?
          -Não se faça de besta. Ou melhor: não ME faça de besta Luan.
          -Do que você ta falando?
          -Do colar, escondido nas toalhas.
          -Aah! -Suspirou demoradamente, aliviado. -É esse o motivo por você está tão estranha essa semana? -Ele se aproximou rapidamente, fazendo ser inevitável meu afastamento de nossos corpos.
          -Você pode me dizer, de quem você está com saudades e não vê a hora de estar junto? -Ele segurou meus braços, que estavam cruzados, e envolveu os seus pelas minhas costas, me prendendo sobre seu tórax.
          -Aquele é o presente pra minha irmã, amor.
          -Mas lá está desejando parabéns pelo aniversário. Luana só faz aniversário daqui a 4 meses.
          -Resolvi comprar bem antes, porque tive medo de não encontrar outro colar como aquele.
          -E por que escondeu de mim? -Ele balançava seu corpo, me fazendo balançar junto, como forma de descontrair o clima.
          -Vocês são muito apegadas, achei que fosse contar para ela e estragar a surpresa. -Ele tem razão. Luana, minha cunhada, é a pessoa que eu tenho mais apego na família de meu marido. Ela vai fazer 18 aninhos e faz sentido ele querer dar uma joia tão cara nesse aniversário. -O que você imaginou, quando encontrou o colar?
         -Nada. -Me soltei dele com dificuldade e fui até a cozinha.
         -Se não imaginou nada, por que ficou tão chateada durante essa semana? E por que me ligou fazendo aquela cena, hoje? Vou nunca foi disso. -Me semicerrava desconfiado e eu fingi mexer em alguma coisa na geladeira.
          -Você estava demorando e eu estava preocupada.
          -Hum... -Continuava me semicerrando e eu parei de o olhar, para evitar mais constrangimento. -Você não tava pensando que eu estava te traindo né? -Minha consciência pesou, afinal a única coisa que fiz esses últimos dias, foi imaginar que meu marido estava me traindo, enquanto ele só tentava fazer uma surpresa para a irmã caçula. -Amor? -Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço.
          -Não vou mentir Luan. É claro que passou pela minha cabeça, a hipótese de você ter uma amante. -Fechei a geladeira e ele me soltou rapidamente.
          -Você pensou mesmo nisso Stella? -Ele parecia ofendido. -Você sabe que te amo mais que tudo, nessa vida. Como pode duvidar do meu caráter?
           -Desculpa amor. -Foi minha vez de tentar me aproximar dele, mas ser rejeitada. -Eu estava ficando paranoica, não conseguia raciocinar direito. -Ele riu sem vontade. -Desculpa! -Ele saiu da cozinha e foi para nosso quarto. Não fui atrás dele, porque não adiantaria, só começaria uma briga naquele momento. Então deixei que ele tomasse seu banho enquanto fui trocar minha roupa por um pijama e arrumar nossa cama para dormir.

   Estava me sentindo horrível, como pude duvidar do homem com qual compartilho minha vida, desde que me entendo por gente? Não há dúvidas que fui uma idiota quando pensei que ele estivesse me fazendo de palhaça.
   Luan sempre foi um verdadeiro homem comigo, nunca um moleque, por isso decidi namora-lo quando ainda era uma 'criança'. Mas estou vendo que me falta maturidade, para entender que ele nunca faria nada dessas coisas inaceitáveis comigo.

          Ele saiu do banho apenas com a roupa que frequentemente dormi e se deitou ao meu lado da cama, só que sem me olhar.
          -Luan?
          -Como você pode ter desconfiado de mim? -Me perguntava ainda sem me encarar.
          -Desculpa.
          -O que mais me incomoda é você não ter me perguntado nada, no momento que começou a desconfiar. Ter feito esse jogo duro a semana inteira.
          -Eu fui uma idiota Luan. -Ele bufou e finalmente me olhou nos olhos. -Me desculpa. -Ele se aproximou e me deu um beijo, ao terminar, não soltou sua mão de meu rosto e ficou me encarando de pertinho.
          -Eu te amo. Nunca faria algo para te magoar.
          -Eu sei. Também te amo e fico envergonhada por duvidar de você. -Ele voltou a me beijar e naquela noite fizemos amor de reconciliação, como não fazíamos a muito tempo.


   13 dias depois...


          -Anda amor, ainda temos que buscar o Enzo e o Carlos. -Preciso dizer para aonde estamos indo mais uma vez? Acho que não, né mesmo?
          -Vamos. -Saímos de casa e fomos buscar aqueles 2 benditos homens em suas respetivas casas. Ficamos no mesmo camarote de sempre e o Barça ganhou a partida de 4 a 0, só para vocês terem noção do quanto fácil foi o jogo.

          -Será mesmo que Stella é nosso amuleto da sorte? -Questionou Enzo e todos Rimos.
          -Sorte a de vocês terem a mim como amuleto.
          -Já tá se achando demais, amor.
          -Neymar está esperando vocês na saída reservada. -Disse um segurança do camarote e eu me espantei com suas palavras em linguagem espanhola.
          -Estamos indo agora. -Disse Carlos e o segurança foi nos acompanhando até a saída, onde o jogador nos esperava com uma mochila nas costas e um fone de ouvido nas orelhas 
          -O que eu perdi amor? -Perguntei baixinho ao meu marido.
          -Esqueci de te contar... O pai dele fechou um contrato com nossa firma. -Meu marido é advogado e a firma onde ele trabalha é de imóveis. Ele  cuida da papelada de transferência e pagamentos das casas e apartamentos.
           -Eles não já têm uma casa?
          -Parece que o jogador quer se mudar para um apartamento. -Como já estávamos chegando perto do Neymar paramos de sussurrar e o cumprimentamos.
           -Tudo bom? -Questionou me dando um beijo no rosto sem maldade, e depois cumprimentou os meninos. -Vai ter um churrasco pra comemorar, la em casa. Vamos?
          -Claro. -Respondeu Enzo e eu fiquei me perguntando de onde eles tiraram tanta intimidade com o garoto. Ele foi no próprio carro guiando o caminho e nós fomos no do Luan, logo atrás.
          -Como vocês viraram melhores amigos do Neymar?
          -Tá por fora Stellinha. Somos best Friends Forever desde sempre. -Rimos da piada do Enzo. -O moleque vai morar sozinho e o Marquinhos indicou a nossa firma para ajudar com a escolha do apartamento.
           -Daí vocês viraram best Friends Forever? -Entrei na brincadeira.
          -Não amor. Naquele dia que te falei que estava no bar com o Neymar, ele nos convidou para comemorar a escolha do imóvel. Daí trocamos contatos e ele parece ter gostado de nossa companhia.
          -Hum.. -Foi tudo que consegui dizer. Meu marido de intimidade com Neymar Júnior, é novidade para mim e muito surpreendente, é claro.
     Chegamos no condomínio e como de esperado, era uma belíssima casa. Havia alguns carros estacionados ali na frente e uma música alta tocando ao fundo.
          -Fiquem á vontade. -Avisou antes mesmo de entrarmos, hospitaleiro e foi nos guiando até a área externa da casa. Por onde passávamos o pessoal cumprimentava e parabenizava-o pelos 2 gols feitos na partida de mais cedo. -Pai, olha quem eu trouxe. -Seu Neymar nos cumprimentou muito simpático e nos apresentou as pessoas que estavam com ele.
     Todos nos recepcionaram bem e rapidamente estávamos entrosados com a galera. O próprio jogador nos trouxe bebidas e carne, e eu já nem lembrava mais que estávamos na presença de 1 dos 3 melhores jogadores do mundo, e sua família

          -Vocês namoram? -Perguntou a mãe do jogador.
          -Somos casados. -Luan mostrou sua aliança e me abraçou por trás. Todos os olhares pareciam surpresos, sobre nós.
          -A quanto tempo? -Questionou ainda curiosa.
          -1 ano, 9 meses e 24 dias. -Respondeu meu marido e todos o olharam surpresos.
          -Nossa! -Exclamou Rafaela, a irmã do Neymar. -Onde você arranjou esse, tem mais? -Sorri e dei um selinho no Luan.
          -Tem não.
          -Vocês parecem se gostar muito. Até me fazem lembrar nós 2. -Comentou seu Neymar e abraçou sua mulher, de lado.
          -Espero que cheguemos a ser metade do casal que vocês são. -As meninas estavam espantadas com tamanho romantismo de meu marido. -Já estamos juntos a mais de 6 anos, então acho que estamos indo pelo caminho certo. -Me deu outro selinho e eu fiquei envergonhada por aqueles olhares em nossa direção.
          -Tem que cuidar mesmo. Afinal ela é muito bonita. -Comentou o pai do jogador. -Com todo respeito.
          -Obrigada. -Agradeci tímida e nós acabamos trocando de assunto, graças ao bom Deus.
          -Vamos meninas. Vamos deixar os homens conversarem um pouco sobre coisas masculinas enquanto fofocamos na cozinha. -Disse dona Nadine.
          -Vem Stella. -Júlia, uma das garotas que estava ali, me estendeu a mão e eu a peguei, para acompanha-las até a cozinha.


Luan P.o.v.;


          -Você tem bastante sorte cara. -Dizia um tal de Guilherme que estava ali na rodinha do churrasco. -Ela é muito bonita. -Se referia a minha mulher que saíra com as outras garotas, para a cozinha.
          -Respeita Guilherme. -Disse o Júnior.
          -Sem problemas. Não é a primeira, nem a última vez que ouço isso.
          -Ele sabe cuidar bem, então não se chateia com esse tipo de comentários. -Disse meu amigo Carlos e eu concordei.
          -Vem cá, vocês estão juntos a mais de 6 anos mesmo? -O irmão do jogador perguntou e eu assenti. -Nossa! Então vocês só devem ter se relacionado um com outro até agora, né?
          -Eu já namorei outras garotas, mas ela nunca namorou outra pessoa além de mim. -Todos ficaram surpresos.
          -Isso que é amor. -Disse Seu Neymar.
   E assim foi nosso resto da noite: nos conhecendo melhor e comemorando a vitória do Barça. Meus amigos já estavam levemente alterados quando decidi que estava na hora de ir embora. Sorte a deles que no outro dia era final de semana e nós não trabalhávamos.
          -Eu ajudo com esse aqui. -Disse o Júnior guiando o Enzo até a porta da casa, enquanto eu fazia o mesmo com o Carlos.
          -Muito obrigado pela noite. E desculpas por qualquer incomodo. -Eu me despedia da família do Júnior
          -Nem se preocupe, não causaram incomodo algum. -Seu Neymar abriu a porta e fomos guiando os meninos até meu carro, enquanto Stella se despedia do pessoal.
          -Desculpa mesmo pelo incomodo. -Falava com o Júnior, que colocava o Enzo dentro do carro.


Júnior P.o.v.:


          Estava ajudando o Luan a levar seus amigos bêbados. Ele não parava de se desculpar pelo estado dos garotos e parecia um pouco envergonhado.
          -Relaxa Luan. Não precisa se desculpar. Como meu pai disse: vocês não incomodaram em nada. -Apertei a mão dele e quando virei para me afastar do carro, esbarrei na sua mulher.
   Passei minha mão pelas suas costas para que ela não se desequilibrasse e caísse.
          -Desculpa. -Ela levantou apenas os olhos e quando encontrei aquelas 2 bolinhas verdes, maravilhosas, foi impossível não ficar hipnotizado. Nossos corpos estavam um pouco próximos e eu sentia um cheiro maravilhoso vindo de seu pescoço e invadindo meu olfato. Como ela estava na altura de meu tórax tive que abaixar um pouco minha cabeça para conseguir encara-la. -Licença.
          -Claro, Desculpa. -Acordei da hipnose e sorri morto de vergonha, a soltando e lhe dando espaço para passar
          -Obrigada. -Ela sorriu pra mim e eu pensei: "Que mulher, meu Deus". Tudo nela era 10 vezes ainda mais bonito, de perto. Que cara sortudo.
          -Fiquem á vontade para voltar.
          -Muito obrigado. -Agradeceu Luan, pela décima vez. -Por tudo. -Acenei um tchau e eles entraram no carro, indo embora, logo em seguida. Quando entrei em casa o comentário era só sobre aquela mulher, no quanto ela é bonita, simpática, adorável e inúmeras outras coisas boas.
Pelo jeito ela conseguiu agradar a todos mesmo.


(...)